Condutores de ambulâncias do Samu e técnicos de enfermagem paralisaram
as atividades por três dias em Sergipe. O motivo, segundo eles, é o atraso no
pagamento de salários por parte do Governo do Estado. A categoria realiza,
na manhã desta quinta-feira (8), um ato na base metropolitana do Samu, no
Centro Administrativo, em Aracaju.
Segundo
o presidente do Sindicato dos Condutores do Samu (Sindconam), Robério Batista,
o pagamento dos salários deveria ser feito até o quinto dia útil do mês, na
quarta (7), conforme determinação do Tribunal de Justiça de Sergipe, mas o
depósito não foi feito. O problema é constante, de acordo com a categoria.
“Esses profissionais precisam do salário porque sem ele não tem como se
deslocar para as bases que são descentralizadas, ou seja, são 12 bases e
nem todas ficam na capital, tem em Areia Branca, Carira, Cristinápolis, em diversas
cidades. Vamos ficar aqui hoje parados em frente a base até final da tarde e
depois retornaremos pela manhã e ficaremos até sábado”, afirma.
Junto
com os salários também são depositados valores referentes ao auxílio
transporte e alimentação. “A base salarial é em torno de mil reais. Ou seja, o
trabalhador não consegue se deslocar e nem se alimentar”, critica Batista. Ao
todo, 15 ambulâncias estão paradas, tanto na capital como no interior.
A
paralisação foi anunciada após assembleia realizada em conjunto com o Sindicato
dos Trabalhadores da Área da Saúde (Sintasa) e deve seguir até o próximo sábado
(10). De acordo com os sindicatos será respeitado, conforme lei, 30% do efetivo
nas bases do Samu.
Em
fevereiro, os condutores também chegaram a paralisar as atividades por conta de
atraso salarial e das incertezas do futuro dos servidores diante do fim do contrato da
Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe com a Fundação Hospitalar. “Existe
essa indecisão e a gente não pode deixar de cobrar do governo uma resposta
definitiva”, ressalta Robério Batista.
Foto: arquivo F5 News
Foto: arquivo F5 News
