O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou neste sábado, 25, da Marcha para
Jesus em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina,
e foi saudado pelos quase 50 mil presentes. “Não podemos admitir que fiquemos
calados enquanto fazem algo de mal para os outros. Sempre tenho falado das
quatro linhas da Constituição. Tenho certeza que, se preciso for — e cada vez
mais parece que será preciso —, nós tomaremos as decisões que devem ser
tomadas”, bradou Bolsonaro, efusivamente, recebendo aplausos em resposta. “Cada
vez mais eu tenho um exército que se aproxima dos 200 milhões de pessoas nos
quatro cantos desse Brasil.”
“Não podemos esperar chegar 2023 ou 2024 e olhar para trás. Temos de nos
perguntar: o que não fizemos para chegarmos a essa situação difícil de hoje em
dia? Nós somos a maioria. A democracia são vocês. O maior pecado que podemos
cometer é o da omissão. Não podemos aceitar passivamente aqueles que querem
impor as suas vontades sobre nós”, seguiu o presidente. O pré-candidato à
reeleição ainda disse que “o Brasil é um país cristão”, voltou a criticar
“medidas tomadas lá atrás” durante a pandemia — uma referência às medidas
restritivas tomadas por prefeitos e governadores — e enfatizou a “briga do bem
contra o mal”. “Minha chegada à Brasília tirou da zona de conforto quem queria
o mal do nosso país. Eles se uniram. Solapam a nossa democracia. Nos acusam do
que verdadeiramente são. Se julgam os donos da verdade. Acham que pode tudo,
até mesmo nos escravizar.” Gritos de “mito” foram entoados a todo o
momento.
Bolsonaro discursou ao lado de Michelle, sua esposa. Aliados celebraram
o apoio demonstrado na Marcha para Jesus e questionaram as pesquisas que
mostram o petista Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro lugar. “O povo de Deus
orando por Bolsonaro. Alguma vez você já viu a autoridade máxima num evento
religioso como esse? Que as benções caiam sobre o nosso presidente”, declarou o
empresário Luciano Hang, que participou da marcha. “Bolsonaro é ‘vaiado’
em Camboriú aos gritos de mito”, ironizou o senador Flávio
Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente. “DataFolha 28%? Pode
confiar”, debochou.
