Os casos, registrados em maio, foram associados ao uso incorreto de produtos à base de quaternários de amônio, biguanida e hipoclorito a 1%. Entre os sintomas apresentados pelas pessoas intoxicadas, foram relatados: irritação na pele e nos olhos, ardência no nariz, dor de cabeça, além de vermelhidão na pele e lesões relacionadas à coceira por todo o corpo.
Segundo a Anvisa, um dos trabalhadores, exposto à mistura de produtos de forma não intencional durante a desinfecção de leitos hospitalares, precisou de atendimento médico especializado. O caso foi classificado como evento adverso grave.
De acordo com uma resolução da Anvisa de 2020, um produto saneante é definido como sendo substância ou preparação destinada à aplicação em objetos, tecidos, superfícies inanimadas e ambientes, com finalidade de limpeza e afins, desinfecção, desinfestação, sanitização, desodorização e odorização, além de desinfecção de água para o consumo humano, hortifrutícolas e piscinas.
Os produtos, que são objeto de regularização pela Anvisa, são essenciais no controle de infecções em ambientes hospitalares. A Anvisa informou que a investigação dos casos aponta que os sinais e sintomas apresentados pelos trabalhadores são provavelmente decorrentes da mistura e interação das três substâncias que evaporaram nas salas cirúrgicas.
“Além de respeitar, rigorosamente, as instruções do fabricante com relação às condições de uso dos saneantes, é fundamental evitar misturas e/ou interações indevidas de produtos químicos diferentes durante a limpeza e a desinfecção de ambientes hospitalares”, afirmou a Anvisa em nota.
