Fila de espera das cirurgias eletivas já está em mais de 4.800 em Sergipe

Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que necessitam de cirurgia eletiva, aquela agendada e sem tanta urgência, vivenciam um drama no Brasil. A fila, conforme dados do Ministério da Saúde, já atinge mais de um milhão de brasileiros aguardando pelo procedimento. Em Sergipe, conforme o dado do ministério, esse número já atinge mais de 4.800 pacientes. Esse tipo de cirurgia estava suspenso em todo o Brasil nos últimos anos, devido à prioridade dos hospitais para atender cirurgias de emergência e pacientes com sintomas mais graves da covid-19. Com isso, a fila só foi crescendo ao longo do tempo.

Para tentar reduzir esse número, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Sergipe lançou recentemente o programa “Opera Sergipe”, que está no Plano de Governo Estadual. Além de reduzir as filas, o projeto visa disponibilizar exames complementares, consultas especializadas e também diminuir o referenciamento de cirurgias de menor complexidade às unidades de alta complexidade, em sua quase totalidade no âmbito do SUS. O Governo Federal também lançou esse ano o Programa Nacional de Redução das Filas, para envio de recursos do Ministério da Saúde para 24 estados, incluindo Sergipe, para auxiliar na diminuição da espera.

O investimento total em 2023 será de R$ 600 milhões. Os primeiros recursos encaminhados – cerca de R$ 200 milhões, um terço do total – serão destinados para cirurgias eletivas. Somente para Sergipe, R$ 2.192.480,67 já foram investidos. Os próximos repasses vão ocorrer ao longo do ano, conforme planejamento e demanda dos estados. Cada estado estabeleceu as cirurgias prioritárias, de acordo com a realidade local. Com os recursos liberados, as secretarias de saúde estaduais e municipais poderão realizar mais de 360 mil cirurgias dessa fila.

Em Sergipe, 100% da fila poderá ser atendida. O programa do Governo Federal também prevê estratégias para garantir equipes cirúrgicas completas e melhorar o fluxo de atendimento em todo o Brasil. O Ministério da Saúde aguarda análise e elaboração do plano das demais unidades federativas.

Fonte: Jornal da Cidade