O Sínodo dos Bispos – um
grande encontro que reúne bispos católicos do mundo todo e o Papa Francisco
para discutir questões importantes para a Igreja Católica – vai ser realizado
em outubro. Entre os convidados deste ano, conforme lista divulgada pelo
Vaticano na semana passada, está o jesuíta americano James Martin, conhecido
defensor dos católicos LGBT+.
Antes do sínodo, uma sondagem
com católicos de diversos países indicou que os fiéis gostariam de ver atitudes
concretas em relação à “inclusão radical” da comunidade LGBT+. Ao longo de seu
papado de 10 anos, Francisco (que também é jesuíta) mostrou que alcançar os
católicos LGBT+ era uma prioridade. Uma das questões debatidas no sínodo será
justamente como dar as boas-vindas a esse grupo na Igreja.
Francis
DeBernardo, chefe de um grupo com sede nos Estados Unidos que defende os
católicos LGBT+, chamou de “esperançoso” que Martin, assim como vários bispos
americanos que expressaram abertura para melhorar a inclusão dos fiéis de
orientações sexuais diversas, participem do encontro.
Presença
de mulheres com poder de voto é outra novidade
Outra novidade do sínodo será a presença de mulheres com direito a voto. Entre
os nove presidentes da assembleia, há duas mulheres: a freira mexicana María de
los Dolores Palencia e a japonesa Momoko Nishimura. Ainda há cinco mulheres
entre os dez representantes dos Sindicatos de Superiores e Superioras Gerais.
O
processo sinodal continua em 2024, com uma segunda fase. Após sua conclusão,
espera-se que o Papa Francisco emita um documento considerando as propostas
apresentadas pelos delegados.
