Para
isso, a Anatel propõe que os requisitos técnicos para homologação e
certificação de aparelhos sejam atualizados para que apenas equipamentos
compatíveis com as redes 4G e 5G sejam liberados para venda no país.
A proposta foi feita em setembro de 2023 pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e Serviços Móvel, Celular e Pessoal, a Conexis, durante uma Tomada de Subsídios sobre a transição tecnológica de padrões do 2G e 3G para 4G e 5G.
Entraves
e pendências com 2G e 3G
Para
que essa transição aconteça de forma tranquila, ainda há demandas a serem
resolvidas em vários setores que ainda utilizam a tecnologia padrão 2G e 3G em
diversos serviços e atividades e além disso há entraves para poder fazer a
transição tecnológica, que pode levar tempo, devido ao tamanho da
infraestrutura existente no país.
A Associação
Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviço (Abecs) alertou que os
terminais de pagamento, as maquininhas, funcionam com 3G, com o 2G sendo usado
como rede alternativa em caso de falhas no outro sistema.
A
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) alerta
que 19,81% ou 1 em cada cinco carros contrataram serviços de conectividade das
montadoras com a tecnologia padrão 2G e 3G.
A
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) aponta que o
Brasil tem 817 cidades com mais antenas 2G e 3G do que com padrão 4G ou
superior, assim como há uma grande base de usuários que usam dispositivos com
as tecnologias mais antigas, como os rastreadores veiculares.
Já
a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) disse que ainda tem 30 mil
dispositivos que usam a tecnologia 2G e 3G, que precisam ser trocados. Mas isso
pode acontecer a partir de 2028, quando ocorrer a alteração da frequência pela
Anatel.
Operadoras
concordam com a iniciativa
A
Claro diz que, antes de desligar as redes 2G e 3G, é necessário interromper a
fabricação dos dispositivos nas tecnologias legadas.
A
TIM afirma que a iniciativa é importante para a sustentabilidade do negócio das
operadoras, ajudando a acelerar o ingresso da tecnologia 6G, que chegará nos
próximos anos.
Já
a Vivo ressalta que o desligamento das redes 2G e 3G libera o espectro para
melhorar a prestação de serviços móveis com tecnologias mais avançadas.
A
Oi defendeu a medida após o fim da concessão da telefonia fixa, pois ainda usa
tecnologia legada para o Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC).
