Como
referência no atendimento de alta complexidade, o Hospital de Urgências
de Sergipe (HUSE), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), atende,
anualmente, muitos casos de pessoas vítimas de Acidente Vascular Cerebral
(AVC). Segundo informações do Núcleo de Internação e Regulação (NIR) da unidade
hospitalar , em 2017, foram atendidos 810 casos de Acidente Vascular
Cerebral . Já em 2018, de janeiro até março, foram atendidos 170
pacientes. Em média, o hospital atende 60 casos por mês.
O
Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das doenças que mais mata nos países em
desenvolvimento, causa morbidade e diminui a qualidade de vida. Isso em
decorrência da falta de cuidados prévios adotados ao longo da vida. De acordo o
médico neurologista do Huse, Rilton Moraes, a depender do tipo, quando o AVC
acontece, a pessoa pode ficar com várias sequelas que vai desde a dificuldade
na locomoção, na fala, problema de visão entre muitas outras consequências
físicas e neurológicas.
“Quando
o paciente tem um acidente vascular encefálico, ele é encaminhado para o Huse.
A partir de então, é avaliado, damos os diagnósticos, averiguamos se é
isquêmico ou hemorrágico. Se for hemorrágico, em alguns casos temos que abrir e
drenar esse sangue; se for isquêmico, a depender da situação, temos que abrir o
crânio para expandir e não comprometer o resto do cérebro que não foi
acometido. Após estabilizar o AVC, liberamos o paciente para casa. Além disso,
orientamos para fazer acompanhamento no sistema de primeiro atendimento que é o
posto de saúde, para controlar a pressão, o peso, a diabetes de forma
rotineira. O mais importante é o paciente extinguir completamente os maus
hábitos, mas infelizmente muitos pacientes não colaboram.
A
doença, que acomete o sistema nervoso central, é causado por algum dano ao
sistema nervoso vascular, pode ser evitada se tomados os devidos cuidados,
enfatiza o médico “Temos que prevenir as causas, como pressão alta diabetes,
colesterol alto, fumo, porque depois que acontece acabou . Isso porque o
AVC não é a doença final, ou seja é causada por outro fator sendo um acidente
de uma doença maior, de uma doença muito mais crônica, como por exemplo, a
hipertensão. Assim muitas vezes é uma questão de prevenção e qualidade de
vida”, revela doutor Rilton.
Tipos de
AVC
O AVC
mais comum é o isquêmico. Ocorre quando o vaso que nutre o cérebro é
obstruído. A falta de sangue, que também leva oxigênio aos tecidos causa
danos às funções neurológicas e pode paralisar temporariamente o
paciente. O AVC hemorrágico acontece quando um vaso se rompe, causando um
sangramento no cérebro. “Ocorre na maioria dos casos quando tem uma anomalia,
quando o vaso é doente, ou quando o paciente é hipertenso ou tem outras
alterações”, conta o Rilton Moraes.
O cigarro
é um vilão
O
cigarro causa inúmeros problemas à saúde. Nesse caso específico, segundo
Moraes, o fumo enfraquece as paredes das artérias, fazendo com que ela fique
mais fraca, se rompendo mais facilmente. “Também causa um processo
inflamatório fechando as artérias. Além disso, promove a entrada do colesterol
na parede das artérias, e pode causar trombosis (coágulos nos vasos
sanguíneos)”,explica.
Fonte:
Ascom SES
