Anuncie

Um membro do PT ‘raiz’, disse ontem que o seu partido ainda não está totalmente desgastado porque tem base mais antiga que mantém todos os princípios que criaram o partido, conseguindo chegar ao comando de Estados e do País. Lamentou que a legenda, em Sergipe, perdeu praticamente tudo o que tinha e, depois do governador Marcelo Déda, caiu no lugar comum que sustenta as demais siglas de direita, inclusive fazendo composições. Avanço ideológico no radicalismo das ações? Pode ser, mas está distante de retornar ao comando de cidades no Estado ou de ter representação forte, como o foi José Eduardo Dutra, em Brasília.

É verdade que não se pode esquecer a atividade de Marcio Macedo, que atua firme como ministro de Lula, mas é lamentável que a estrutura interna, que brigava para valer nos congressos, mas se unia quando o projeto discutido era aprovado pela maioria. Isso se acabou em razão de interesse pessoais, dentro de tendências sem qualquer ideologia. Para ele, o PT deveria “pensar grande sobre Sergipe”, com a reaproximação das poucas lideranças existentes, para ver se reencontra o caminho, nem que volte a fazer rifa do símbolo maior do partido, a estrelinha. Isso, sem perder a nova tendência de composições políticas sem a exigência de uma esquerda superada, mas de um socialismo avançado e amplo, deixando de lado as vaidades e o egoísmo.

O distanciamento de lideranças atuais não ocorre por conflito ideológico, mas por posições privilegiadas nas atividades políticas. Não há um nome a prefeito pelo PT que seja eleito pela força partidária, mas por composições até de extrema direita, como ocorreu na disputa pelo Governo, em que o candidato teve até que se unir a bolsonaristas, para tentar uma vitória que não aconteceu. Uma espécie de vale tudo, jogando no lixo a história do partido. Agora há necessidade de reflexão e até constatar que a sigla se transformou em um simbolismo do que fora, hoje sem perspectiva de lideranças até para disputar a reeleição de Lula.

Velhos petistas estão realmente refletindo se devem continuar numa sigla que encolheu, se desestabilizou, fugindo de um tempo em que sempre colocou acima de tudo o seu idealismo ou buscar outros símbolos em que o poder não seja um fanatismo, para que a luta retome os caminhos da igualdade social. Alguns deles acham que, com Lula fora do Planalto, o PT se dilui definitivamente.

Fonte: FAX AJU / DIOGENES BRAYNER

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem

Servitec

Portal Sergipano