É verdade que não se pode esquecer a atividade de Marcio Macedo, que atua firme como ministro de Lula, mas é lamentável que a estrutura interna, que brigava para valer nos congressos, mas se unia quando o projeto discutido era aprovado pela maioria. Isso se acabou em razão de interesse pessoais, dentro de tendências sem qualquer ideologia. Para ele, o PT deveria “pensar grande sobre Sergipe”, com a reaproximação das poucas lideranças existentes, para ver se reencontra o caminho, nem que volte a fazer rifa do símbolo maior do partido, a estrelinha. Isso, sem perder a nova tendência de composições políticas sem a exigência de uma esquerda superada, mas de um socialismo avançado e amplo, deixando de lado as vaidades e o egoísmo.
O distanciamento de lideranças atuais não ocorre por conflito ideológico, mas por posições privilegiadas nas atividades políticas. Não há um nome a prefeito pelo PT que seja eleito pela força partidária, mas por composições até de extrema direita, como ocorreu na disputa pelo Governo, em que o candidato teve até que se unir a bolsonaristas, para tentar uma vitória que não aconteceu. Uma espécie de vale tudo, jogando no lixo a história do partido. Agora há necessidade de reflexão e até constatar que a sigla se transformou em um simbolismo do que fora, hoje sem perspectiva de lideranças até para disputar a reeleição de Lula.
Velhos petistas estão realmente refletindo se devem continuar numa sigla que encolheu, se desestabilizou, fugindo de um tempo em que sempre colocou acima de tudo o seu idealismo ou buscar outros símbolos em que o poder não seja um fanatismo, para que a luta retome os caminhos da igualdade social. Alguns deles acham que, com Lula fora do Planalto, o PT se dilui definitivamente.
Fonte: FAX AJU / DIOGENES BRAYNER
