Entre
abril de 2022 e abril de 2023, o País ganhou mais de 1 milhão de novas
empresas, totalizando 22.173.770 unidades ativas. Destas, mais da metade
(13.523.926) refere-se a Microempreendedores Individuais (MEIs) com maior
concentração no setor de Serviços. A conclusão é do estudo IPC Maps 2023,
especializado há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo
nacional, com base em dados oficiais.
Líder
no ranking, o segmento Serviços registrou alta de 6,4% no período, marcando
presença em 12,4 milhões de estabelecimentos. Embora com crescimento lento, mas
positivo, de 1,9%, Comércio aparece em segundo lugar, com quase 5,5 milhões de
lojas; seguido por Indústrias que, com um incremento de 4,9%, somou 3,5 milhões
de companhias; e Agribusiness, que ampliou em 3,5% sua representatividade,
respondendo por mais de 791 mil empresas atualmente.
Nesse
contexto, segundo Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, as MEIs
foram responsáveis pela criação de mais de 437 mil novos CNPJs, com destaque
para Serviços, que abrangem 7,4 milhões dessas unidades, e Comércio que, apesar
de ter perdido 1,7% de Microempreendedores Individuais, ainda conta com 3,5
milhões deles. Na sequência vem o setor Industrial com 2,5 milhões e, por fim,
o Agro e suas 62,5 mil MEIs.
Pazzini lembra
ainda que, de 2022 para 2023, a quantidade de empresas subiu 4,8% no interior
do País e 5,2% nas capitais e regiões metropolitanas, contra 5% da média
nacional. “Esse cenário pode ser explicado pelo home office, pois mesmo que a
empresa funcione em grandes centros, ela não necessita mais de grandes áreas de
escritórios. Aliado a isso, há uma oferta maior de imóveis corporativos para
locação, com preços inferiores aos praticados antes da pandemia”, afirma.
Já,
em relação à distribuição de estabelecimentos no âmbito nacional, a Região
Sudeste segue no topo, concentrando 51,8% das corporações; seguida pelo Sul com
18,5%; Nordeste, 16,5%; Centro-Oeste e seus 8,4%; e o Norte representando 4,7%
das organizações ativas no País.
Partindo
para a análise quantitativa para cada mil habitantes, a pesquisa IPC Maps aponta
para uma retenção geral. As Regiões Sul e Sudeste levam vantagem com,
respectivamente, 133,34 e 126,51 empresas por mil habitantes. Em seguida, vem o
Centro-Oeste com 109,26 e, bem abaixo da média, estão as regiões Nordeste, com
62,93, e Norte, com apenas 54,04 empresas/mil habitantes.
